terça-feira, 3 de novembro de 2009

Portinari



Vim da terra vermelha e do cafezal.
As almas penadas, os brejos e as matas virgens
Acompanham-me como o espantalho,
Que é o meu auto-retrato.
Todas as coisas frágeis e pobres
Se parecem comigo.

Em quase 5 mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais, Portinari legou ao nosso imaginário uma ampla síntese crítica de todos os aspectos da vida brasileira. Sua obra foi celebrada pelos mais notáveis nomes de sua geração, no Brasil e no exterior.









http://www.portinari.org.br/

Cone


Um cone é um sólido geométrico formado por todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em um ponto V (vértice) em comum e a outra extremidade em um ponto qualquer de uma mesma região plana R (delimitada por uma curva suave, a base).
Os cones podem ser divididos em:
• Reto
• Oblíquo
• Equilátero

O volume, V, de um cone de altura, h, e base com raio, r, é 1/3 do volume do cilindro com as mesmas dimensões, i.e . V= 1pr²/3 . h

A área da superfície de um cone A é dada por A = πr(r + s), onde S = Raiz r² + h² seria a altura lateral do cone. O primeiro termo na área da fórmula, πr2, é a área da base; enquanto que o segundo termo, πrs, é a área da superfície inclinada.
Desenvolvendo, então, a área total é a área lateral mais a área da base: At = pr . s+ pr²

Em um cilindro, podemos identificar vários elementos:

Base: É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu interior. Num cilindro existem duas bases.

Eixo: É o segmento de reta que liga os centros das bases do "cilindro".

Altura: A altura de um cilindro é a distância entre os dois planos paralelos que contêm as bases do "cilindro".

Superfície Lateral: É o conjunto de todos os pontos do espaço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslocamento paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz.

Superfície Total: É o conjunto de todos os pontos da superfície lateral reunido com os pontos das bases do cilindro.

Área lateral: É a medida da superfície lateral do cilindro.

Área total: É a medida da superfície total do cilindro.

Seção meridiana de um cilindro: É uma região poligonal obtida pela interseção de um plano vertical que passa pelo centro do cilindro com o cilindro.



Área e volume

Se o cilindro tem um raio r e uma altura h, o volume é
V= pr²h
área da base é
AB= pr²
área lateral é
AL= 2prh
e a área total é
AT= 2Ab + Al


Obs: (P= 3,14)

Pirâmide




Base: A base da pirâmide é a região plana poligonal sobre a qual se apoia a pirâmide.
Vértice: O vértice da pirâmide é o ponto isolado P mais distante da base da pirâmide. Eixo: Quando a base possui um ponto central, isto é, quando a região poligonal é simétrica ou regular, o eixo da pirâmide é a reta que passa pelo vértice e pelo centro da base.-
Altura: Distância do vértice da pirâmide ao plano da base.
Faces laterais: São regiões planas triangulares que passam pelo vértice da pirâmide e por dois vértices consecutivos da base.
Arestas Laterais: São segmentos que têm um extremo no vértice da pirâmide e outro extremo num vértice do polígono situado no plano da base.
Apótema: É a altura de cada face lateral.
Superfície Lateral: É a superfície poliédrica formada por todas as faces laterais.
Aresta da base: É qualquer um dos lados do polígono da base.

Classificação das pirâmides pelo número de lados da base:
triangular: base triângulo
quadrangular: base quadrado
pentagonal: base pentágono
hexagonal: base hexágono
Para o cálculo do volume de uma pirâmide usaremos uma fórmula fixa dada por :
V= b.h/3 , onde B é a area da base da piramide e H é a altura da pirâmide.

Esfera


A esfera pode ser definida como "um sólido geométrico formado por uma superfície curva contínua cujos pontos estão eqüidistantes de um outro fixo e interior chamado centro"; ou seja, é uma superfície fechada de tal forma que todos os pontos dela estão à mesma distância de seu centro, ou ainda, de qualquer ponto de vista de sua superfície, a distância ao centro é a mesma.

A áreada superfície de uma esfera de raio r é:

A= 4pr² ( P= 3,14)

e o volume é:

V= 4pr³ (P= 3,14)
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Curiosidades da Cia dos atores



Companhia alia a linguagem autoral do diretor Enrique Diaz a uma equipe permanente de atores à qual se reúne eventualmente um dramaturgo, produzindo espetáculos em que a qualidade sustenta a experimentação. Grupo carioca que está no rol dos mais criativos a partir da década de 1990.
Iniciou em 1994 trabalhos voltados para o público infantil, encena Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, em que explora a linguagem do melodrama com uma construção cênica que prima pela precisão e pelo ritmo.
Em 2002, a companhia realiza seu primeiro espetáculo com um diretor convidado. Gilberto Gawronski encena Meu Destino É Pecar, uma novela escrita em crônicas assinadas por Suzana Flag, pseudônimo de Nelson Rodrigues em O Jornal. O crítico Macksen Luiz escreve: "A distribuição dos papéis por vários atores, que, de início, é um código que causa estranheza na platéia (...), contribui para a agitação do espetáculo e ajuda a aumentar o seu ritmo delirante. Os atores trocam de papel através de sutil movimento de corpo, encontrando uma nova dramática para situações que, de outra maneira, pareceriam somente risíveis. (...) a movimentação excessiva reforça o caráter derramado do entrecho (...) em uma dança que se apresenta às vezes debochada, outras vezes melodramática e umas poucas vezes lírica, encontrando uma real dramaturgia cênica para um folhetim circunstancial"

Estilo Impressionista na França


Na França, o estilo foi mais evidente no trabalho do arquiteto francês Hector Guimard, particularmente nas exóticas entradas do Metrô parisiense (1898-1901).
O primeiro metrô da cidade foi inaugurado em 1891. O selo acima foi emitido pela França em 1999 e mostra uma entrada do Metrô de Paris desenhada por Hector Guimard.

Estilo Impressionista

Foi um rótulo colocado ao trabalho de um grupo de artistas que, de acordo com os críticos da época, acreditavam na impressão do momento como algo tão importante que se bastava por si mesa, dispensando as técnicas tradicionais acadêmicas.
Esses artistas realizaram inúmeras exposições em Paris entre 1874 e 1886, porém, sua aceitação pelo público foi lenta e sofrida, pela incompreensão ao trabalho realizado.
Ridicularizados inicialmente pela crítica por não seguirem a tradição pictórica que vinha sendo solidificada desde o renascimento, acabaram por, paulatinamente, obter o respeito e aceitação de suas “novas técnicas“ por parte do público. E, como acontece em muitas ocasiões, a crítica foi a reboque dos acontecimentos.

Pintura do Neoclassicismo

Exemplo de edifício neoclássico

Escultura Noclássica

Estilo Neoclássico na França

Na França o apoio aos ideais neoclássicos partiu diretamente dos círculos oficiais ligados à Academia de Belas Artes e ao próprio rei, e consolidou-se em cima de uma admiração à cultura antiga que existia desde a Renascença e persistiu mesmo durante o Barroco. Lenormant de Tournehem, Superintendente dos Edifícios do Rei, tinha poder sobre a Academia e aconselhado pelo Conde de Caylus a reformou em meados do século XVIII, indicando para mestres artistas que se alinhavam ao classicismo. Seu sucessor, o Marquês de Marigny, estabeleceu a praxe de prestigiar os temas históricos acima dos retratistas e o diretor seguinte, o Conde d'Angivillier, aumentou a dotação para aquisição de obras históricas, que deveriam tirar seus assuntos da tradição antiga.
Outros nomes que merecem ser lembrados são os de Joseph Chinard, Philippe-Laurent Roland, Robert Michel, Pierre Jean David, Jean-Baptiste Pigalle, George Rennie, Pierre-Nicolas Beauvallet, Louis Petitot, Claude Ramey, Jean-Jacques Pradier, François Jouffroy, Antoine-Louis Barye, Louis-Pierre Deseine, François-Joseph Bosio, Jean-Jacques Caffieri, Félix Lecomte e Jean-Louis Jaley.

Pintura
O estilo neoclássico na França recebeu forte auxílio dos ideais da Revolução Francesa de 1789 para se popularizar. Napoleão foi um grande incentivador do movimento, pressentiu as potencialidades do estilo neoclássico e submeteu-o ao poder imperial, o que deu origem ao que se convencionou chamar de "estilo império".

Arquitetura
Recebeu um grande auxílio dos ideais da Revolução Francesa de 1789 para se popularizar. O Barroco e o Rococó costumavam estar associados à aristocracia vencida, enquanto o neoclássico, baseado em construções de cidades como a democrática Atenas, era o estilo que deveria agradar ao país. Napoleão foi um grande incentivador do movimento, estimulando construções como a Igreja de Maria Madalena, com inspirações clássicas como os templos coríntios romanos. Na arquitetura neoclássica alemã, destaca-se Karl Gotthard Langhans (1732 - 1808) e seu Portão Brandenburg, em Berlim, construído entre 1789 e 1794.

Escultura
A escultura neoclássica também buscou inspiração na Antiguidade greco-romana. Utilizando materiais nobres como mármore e granito negro, foi aplicada basicamente de forma decorativa em fontes e mausoléus. O maior nome da estatuária neoclássica foi o italiano Antonio Canova(1757-1822)

Estilo Neoclássico no Brasil

Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios. Nela está, entre outros, o pintor Jean-Baptiste Debret, que retrata com charme e humor costumes e personagens da época. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas-Artes, futura Academia Nacional, que adota o gosto neoclássico europeu e atrai outros pintores estrangeiros de porte, como Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Pintores brasileiros desse período são Manuel de Araújo Porto-Alegre e Rafael Mendes Carvalho, entre outros.
No país, a tendência torna-se visível na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de Montigny (1776-1850), que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro,


Pintura
A influência neoclássica está submetida ao romantismo. A composição e o desenho seguem os padrões de sobriedade e equilíbrio, mas o colorido reflete a dramaticidade romântica. Um exemplo é Flagelação de Cristo, de Vítor Meirelles (1832-1903).


Arquitetura
A arquitetura renascentista baseava-se na clássica, e a arquitetura neoclássica, de início, copiou-a. Graças ao arquiteto John Nash, porém, o estilo logo se transformou de cópia em feliz adaptação, pelo menos na Inglaterra. Utilizada, sobretudo na construção de museus e teatros (Museu Britânico, de Smirke, e Schaulpielhaus, em Berlim), a arquitetura neoclássica caracteriza-se pelo uso de fachadas sóbrias, nas quais colunas dóricas ou jônicas sustentam rijos frontões triangulares.


Escultura
Acompanhou as correntes estéticas que animaram o desenvolvimento desta arte em outros países do ocidente, especialmente os europeus, de onde vieram as principais influências que fecundaram o solo artístico brasileiro. Ao longo dos últimos 500 anos de sua história, o Brasil testemunhou um florescimento particularmente rico da escultura no período barroco, com um estilo geral unificado, e a partir do século XX, quando predomina a diversidade [1].

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estilo Neoclássico

É a concepção de um ideal de beleza eterno e imutável não se sustenta mais. Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser adaptados à realidade moderna.
Caracteristicas do neoclassicismo
As principais características do neoclassicismo são:
• Academicismo: nos temas e técnicas, isto é, sujeição aos modelos e regras ensinadas nas escolas ou academias;
• Harmonia do colorido nas pinturas e exatidão de contornos;
• Restauração da arte greco-romana;
• Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.

Principais pintores
• Gérard; Chasseriau, Cabanel; Henner e Bouguereau (França); Alma-Tadema (Grã-Bretanha); Allston (Estados Unidos). Destacam-se também: Tiepolo; Canaletto; Guardi (Itália); os artistas rococó Jean Honoré Fragonard; Antoine Watteau e Jean Baptiste Siméon Chardin; além de Boulle e Jean Baptiste Greuze (França); Hogarth; Reynolds e Gainsborough (Inglaterra); Benjamin West (A Morte do General, 1770); John Singleton Copley (Watson e o Tubarão, 1782) (Estados Unidos).

Estilo Realista na França

Depois das revoluções de 1830 e 1848, mediante as quais se efetuam penosos resgates por parte dos indivíduos e das coletividades, surge a guerra franco-prussiana de 1870. A grande nação latina, por causas somente conhecidas no plano espiritual, é esmagada e vencida pela orgulhosa Alemanha de Bismarck .


Pintura

Apresenta o mundo sem idealismos ou sentimentalismos. Percebe-se ainda que os artistas assumem uma posição política: a arte passa a ser um meio de denunciar uma ordem social que consideram injusta, tornando-se uma manifestação de protesto em favor dos oprimidos.
Principais pintores: Jean François Millet e Gustave Courbet
Obra destacada: Cortadores de brita


Escultura

Os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano.
Principal escultor : Auguste Rodin
Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.

Estilo Realista no Brasil

A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850, acelera-se a decadência da economia cafeeira no Brasil e o país experimenta sua primeira crise depois da Independência. O contexto social que daí se origina, aliado à leitura de grandes mestres realistas europeus como Stendhal, Balzac, Dickens e Victor Hugo, propiciarão o surgimento do Realismo no Brasil.
Assim, em 1881 Aluísio Azevedo publica O Mulato (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).
• Machado de Assis
• Raul Pompéia
• Aluízio Azevedo
Por volta da década de 1870, no entanto, as oligarquias agrárias, que até então "davam as cartas" na economia e na política do país, sofrem pressões internacionais para o desenvolvimento do capitalismo industrial no Brasil, no sentido de um processo de modernização que se dá lentamente. Inicialmente, pela proibição do tráfico negreiro. Com isso cresce a mão-de-obra imigrante, desenvolve-se a indústria cafeeira no interior do estado de São Paulo e ferrovias são construídas. Ao longo dos trilhos, concentram-se as fábricas que dão origem à classe média urbana, que se insatisfaz com a falta de representatividade política.
Essa classe, apóia-se no Exército e aceita a liderança dos cafeicultores paulistas, responsáveis pelos trabalhadores assalariados no país e defensores de mudanças estruturais, como a substituição da Monarquia, já desgastada e reacionária, pela República.
A Proclamação se dá em 1889, porém, a República não atenderia as ambições da classe média e dos militares. Então, representantes das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais passam a controlar o Estado brasileiro, por meio de uma aliança entre seus governadores que ficou conhecida como "Política do café-com-leite".
O Brasil da época é um país com idéias liberais, republicanas, "modernas", no entanto, tem que conviver com uma estrutura político-econômica oligárquica, agrária, latifundiária e coronelista.
Da Europa foram trazidas algumas idéias, entre elas o positivismo de Auguste Comte, o determinismo histórico de Taine, o socialismo utópico de Proudhon e o socialismo científico de Karl Marx, o evolucionismo de Darwin e a negação do Cristianismo de Renan

Escultura
Auguste Rodin - não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano. Nascido François-Auguste-René Rodin, as primeiras esculturas de dele foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.
Principais correntes da época
• Positivismo (Comte)
• Determinismo (Taine)
• Darwinismo (Darwin)
Alguns expoentes do realismo europeu: Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queirós, Charles Dickens.

Pintura
Manifestava paisagem, que se despiu da exaltação e personificação românticas para se ater, simplesmente, na reprodução desapaixonada e neutra, do que se oferece à vista do pintor. Passou, depois, aos temas do quotidiano, que tratou de forma simples e crua.

domingo, 1 de novembro de 2009

Estilo Rococó na França

É o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.
Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal.
Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.
O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizadas originariamente na decoração de grutas artificiais.
Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.
Características gerais:
• Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores.
• Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.


Arquitetura
Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo.
Principais características:
• Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves.
• A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade.
Principal Artista:
Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.

Escultura
Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente.
Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.
Principais Artistas:
Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.
Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".

Pintura
Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens.
Principais Artistas:
Antoine Watteau, (1684-1721), as figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX.
François Boucher, (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre com grande perfeição no desenho, alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas de interior ("O pintor em seu estúdio").
Jean-Honoré Fragonard , (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.

O Estilo Rococó no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro colonial sobrevive em meio ao burburinho do Centro. A melhor representação desse período está no quadrilátero cujos vértices são o Outeiro da Glória, o Morro de São Bento e o que restou dos morros do Castelo e de Santo Antônio. Na região há um conjunto de vinte igrejas tombadas por seu inestimável valor histórico. Para apreciar essas relíquias da arquitetura sacra do século XVIII, basta disposição para caminhar.

O rococó chegou ao Rio na segunda metade do século XVIII, na época em que a cidade virava sede da colônia, e por isso foi mais difundido. Começou na França como decoração de interior de residências. Enquanto o barroco se caracteriza pela densidade e pela intensidade, o rococó é leve e iluminado. Na esquina da Avenida Marechal Floriano com a Rua Miguel Couto, a Igreja de Santa Rita foi a primeira a adotar o estilo em sua talha, executada entre 1753 e 1759.

Estilo Rococó

Desenvolve como uma sutilizarão à complexidade formal e aos excessos do barroco, apelando para a leveza, graça e para os coloridos suaves. O termo tem origem na palavra francesa rocaille (embrechado) — tipo comum de decoração de jardins do século XVIII, com conchas e rochas — que se populariza por analogia ao termo italiano barocco.


Dois momentos do rococó um que vai de 1690 a 1730, o “estilo regência”, marcado pelo rompimento com a rigidez arquitetônica do estilo Luís XIV, com a introdução de curvas flexíveis e de linhas mais soltas. Datam desse momento, as decorações de Pierre Lepautre (1660-1744), as gravuras e relevos de Jean Bérain a pintura de Jean-Antoine Watteau (1684-1721), pintor mais importante do período que imortaliza “as festas galantes” (por exemplo, Peregrinação à Ilha de Cítera, apresentada à Academia em 1717), gênero maior da pintura rococó. Os anos compreendidos entre 1730 e 1770 marcariam o rococó propriamente dito com a projeção de uma nova leva de artistas - Juste Aurèle Meissonnier (1695-1750), Nicolas Pineau (1684-1754), Jacques de Lajoue II (1687-1761), - que trabalham na remodelação das residências urbanas da nobreza e alta burguesia parisiense (os chamados hôtels), dotando-as de maior funcionalidade e conforto. Um exemplo característico do estilo na França pode ser encontrado no Salão Oval da Princesa do Hôtel Soubise de Paris (1738-1740). Na pintura, os nomes mais importantes dessa fase são François Boucher (1703-1770), Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), Jean-Baptiste Pater (1695-1736) e Jean-Marc Nattier (1685-1766). Na escultura, Etienne Maurice Falconet (1716-1791) é considerado a expressão mais relevante do rococó, como atesta sua célebre Banhista (1757), e a estátua eqüestre de Pedro, o Grande, na antiga Leningrado, atual São Petersburgo.

O Barroco no Brasil

Chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses, leigos e religiosos. Seu desenvolvimento pleno se dá no século XVIII, cem anos após o surgimento do Barroco na Europa, estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX. Enquanto estilo, constitui-se como um amálgama de diversas tendências barrocas, tanto portuguesas, quanto francesas, italianas e espanholas. Tal mistura será acentuada nas oficinas laicas, multiplicadas ao longo do século, onde mestres portugueses se unem aos filhos de europeus já nascidos no Brasil e seus descendentes caboclos e mulatos para realizar algumas das mais belas obras do Barroco Brasileiro. Pode-se dizer que o amálgama de elementos populares e eruditos produzido no interior de tais confrarias artesanais ajuda a rejuvenescer entre nós diversos estilos, ressuscitando, por exemplo, formas do gótico tardio alemão na obra de Aleijadinho. O movimento atinge seu auge artístico a partir de 1760, principalmente com a variação rococó do barroco mineiro.
Foi introduzido no início do século XVII pelos missionários católicos, especialmente jesuítas, que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, é um dos seus marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de Matos e com o orador sacro Padre Antônio Vieira, e nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho, na escultura, e Mestre Ataíde, na pintura. No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos também no centro do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Na música, ao contrário das outras artes, sobrevivem poucos mas belos documentos do barroco tardio. Com o desenvolvimento do neoclassicismo a partir das primeiras décadas do século XIX a tradição barroca, que teve uma trajetória de enorme vigor no Brasil e foi considerada o estilo nacional por excelência, caiu progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas modalidades de arte até os primeiros anos do século XX.

Durante o século XVII a Igreja teve um importante papel como mecenas na arte colonial. As diversas ordens religiosas (beneditinos, carmelitas, franciscanos e jesuítas) que se instalaram no Brasil a partir de meados do século XVI desenvolveram uma arquitetura religiosa sóbria e muitas vezes monumental, com fachadas e plantas retilíneas de grande simplicidade ornamental, bem ao gosto maneirista europeu. É somente quando as associações leigas (confrarias, irmandades e ordens terceiras) tomam a dianteira no patrocínio da produção artística no século XVIII, momento em que as ordens religiosas vêem seu poder enfraquecido, que o barroco irá se frutificar em escolas regionais, sobretudo no nordeste e sudeste do país. Contudo, uma primeira manifestação de traços barrocos, se bem que misturado ao estilo gótico e românico, pode ser encontrado na arte missionária dos Sete Povos das Missões na região da bacia da Prata. Ali se desenvolve, durante um século e meio, um processo de síntese artística pelas mãos dos índios guaranis a partir de modelos europeus ensinados pelos padres missionários. As construções desses povos foram quase totalmente destruídas. As ruínas mais importantes são as da missão de São Miguel, no Estado do Rio Grande do Sul.

Arquitetura Barroca na Itália

Principal arquiteto do primeiro barroco sobressai Carlo Maderno, conhecido principalmente pela conclusão da Basílica de São Pedro no Vaticano. Além de Bernini, os arquitetos mais destacados da Roma barroca foram Francesco Borromini e, em menor escala, Carlo Rainaldi. Juntos desenharam a igreja de Santa Inês na Praça Navona (começada em 1652). A elegante ondulação da fachada de San Carlo alle Quattro Fontane (1665-1667) em Roma, obra de Borromini, com seus ritmos côncavos e convexos trasladados ao interior mediante uma planta oval, poderia considerar-se como a culminação do estilo barroco na Itália.

A igreja de Santa Maria della Salute, de Longhena, começada em 1631, é famosa por sua profusa decoração exterior e sua privilegiada situação na entrada do Grande Canal veneziano. Especialmente singular e exótica é a obra turinesa de Guarino Guarini. Sua capela do Santo Sudário (1667-1694, destruída por um incêndio em 1997) apresentava uma elevada cúpula de complicadas formas geométricas, inspiradas nos edifícios islâmicos. Em Turim também destaca a figura de Filippo Juvarra, que praticou, já no século XVIII, um estilo barroco de corte classista.

Escultura barroca na Itália

O gosto pelo curvilíneo, à dramaticidade e a pronunciada torção dos corpos são características que se repetem em seus primeiros trabalhos. Gian Lorenzo Bernini, no entanto, quem dominou a escultura barroca em Roma. Entre seus primeiros grupos escultóricos de grandes dimensões, o Rapto de Prosérpina (1621-1622) e Apolo e Dafne (1622-1624, ambas na Galeria Borghese, Roma) mostram seu domínio da escultura em mármore, criando efeitos realistas de grande tensão dramática, fortes contrastes de luz e sombra e a ilusão ótica do jaspeado. O Êxtase de Santa Teresa (1645-1652, capela Corran, igreja de Santa Maria de la Victoria, Roma) resume a perfeição da alta teatralidade que caracteriza o barroco. Bernini foi o artista predileto dos papas, para quem realizou os projetos mais ambiciosos no Vaticano. Tanto o imenso baldaquino (1624-1633), um enorme cibório ou dossel sobre colunas salomônicas que cobre o altar-mor da basílica de São Pedro, como a Cátedra de São Pedro (1657-1666), na abside da basílica, atestam com seu colossal tamanho e ricos materiais (mármore e bronze dourado) o suntuoso esplendor da Igreja católica. Bernini foi também um excelente retratista, como pode se ver nos bustos de Constanza Buonarelli.

Sua fonte dos Quatro Rios (1648-1651) na Praça Navona, Roma, impressiona o espectador por suas gigantescas estátuas, o enorme obelisco egípcio que domina seu centro e os efeitos de jogos de água. Bernini foi também um notável e influente arquiteto; além da grande colunata (começada em 1656) que rodeia a praça de São Pedro no Vaticano, projetou igrejas como a de Sant’Andrea dal Quirinale (1658-1670) em Roma.

Curiosidades extras sobre a pintura barroca

A pintura em afresco de abóbadas e tetos mediante a criação de ilusões perspectivas e grandes cenas unitárias vistas de baixo para cima foi uma técnica muito empregada pelos pintores do pleno barroco. Obras de Giovanni Battista Gaulli, chamado o Baccicio, como a Adoração do nome de Jesus (1676-1679) que pintou na nave maior da igreja de Gesù em Roma, e na de Andréa Pozzo, como a Entrada de Santo Inácio no Paraíso (1691-1694), pintada sob a nave maior da igreja de Santo Inácio em Roma, imita arquitetura em prolongação, e chega a simular inclusive uma grande cúpula que não existe.